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sexta-feira, 28 de junho de 2013

Simpsons no apoio aos protestos

Em nota publicada pela Fox Channel, Matt Groening diz estar sensibilizado com a situação dos protestos no Brasil
A onda de manifestações tem levado o Brasil ao noticiário internacional. Agora a ajuda virá da telinha da TV. Matt Groening, criador dos Simpsons, diz que está sensibilizado com tudo o que vem ocorrendo com os brasileiros. Em nota publicada pela Fox Channel nessa terça (25/06), Groening anunciou que dará sua contribuição através de um episódio totalmente voltado para protestos. Segundo o autor, os telespectadores captarão logo a mensagem. "É claro que, como é de costume, não faltarão muito humor e sarcasmo", finalizou.

A estreia da nova temporada de Simpsons está prevista para setembro, nos Estados Unidos.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

O que é a PEC 37?


A PEC 37 define como privativa das polícias as investigações criminais.


O que é a polêmica PEC 37? O que muda se ela for aprovada?

De acordo com os parágrafos 1º e 4º do artigo 144 da Constituição Federal, promulgada em 1988, todas as investigações criminais devem ser conduzidas pelas polícias Federal e Civil de todos os Estados da federação, mas faz uma ressalva: o Ministério Público (MP) também pode conduzir investigações, para a defesa da ordem jurídica e dos interesses individuais e sociais. No entanto, em 2011, o deputado federal Lourival Mendes (PT do B – MA), apresentou uma proposta de emenda constitucional – a PEC 37 – que retira dos promotores e procuradores de Justiça o direito de investigação.
O MP investiga delitos praticados pelo crime organizado, contra os interesses econômicos, contra crimes ambientais, saúde pública, educação e também de violência contra a mulher. Além disto, atua contra a pirataria e o tráfico de drogas, em conjunto com as polícias estaduais e do Distrito Federal.

A Constituição não permite explicitamente que o MP participe das investigações criminais, mas também não proíbe. Trata-se de uma lacuna jurídica que a PEC 37 quer preencher, mas, da forma como foi apresentada, apenas os policiais podem apurar os crimes – inclusive os praticados pela própria polícia e pelos órgãos do poder judiciário. Por ser uma proposta para alterar a Carta Magna, é preciso que três quintos do Congresso Nacional aprovem a medida na última semana de junho (no mínimo, 308 deputados e 49 senadores precisam aprovar a PEC 37).

O Ministério Público está debatendo com os parlamentares para impedir a aprovação da proposta de emenda constitucional. Em junho de 2013, o Partido Democratas (antigo PFL) reuniu procuradores e promotores de Justiça com deputados federais; na ocasião, o procurador geral da República, Roberto Gurgel, já se posicionou contra a PEC 37. O Supremo Tribunal Federal (STF) também já proclamou que o MP deve participar de investigações.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Hds Externos Falsificados

Com certeza os falsificadores percorreram um longo caminho desde a época em que se comprava um video-game no Paraguai e chegava-se em casa com uma caixa cheia de pedaços de madeira. Hoje em dia temos não apenas uma gigante quantidade de produtos com um visual que imita outros produtos da moda, quanto também algumas falsificações bastante convincentes, principalmente em relação a baterias, cartões de memória, pendrives e outros itens.
Em muitos casos o golpe consiste em uma simples remarcação, ou seja, vender outro produto similar, porém de uma marca mais barata como se fosse um pendrive da Kingston ou uma bateria da Nokia, por exemplo, entretanto em outros a coisa pode ser bem mais grave:


Esta é uma imitação de um HD de 2.5" externo da Samsung que parece autêntico se olhado por fora, com um invólucro que, excetuando-se alguns erros de escrita até que parece autêntico, inclui os logos e certificados:


Dentro dele temos duas porcas para simular o peso e um pendrive de 128 MB, cujo controlador foi modificado para funcionar em loop, reportando uma partição de 500 GB para o sistema e armazenando a tabela de alocação de arquivos, porém guardando apenas os 128 MB de dados copiados.

O resultado prático desse hack é que ao plugar o drive no sistema, ele é realmente identificado como um HD USB e o sistema reporta a presença de uma partição de 500 GB, e ao escrever vários arquivos a operação de gravação é realmente executada e o gerenciador de arquivos mostra todos os arquivos copiados, inclusive informando os tamanhos corretamente. Entretanto, ao tentar abrir or arquivos, você perceberá que estão todos vazios, com exceção do último, que conterá os 128 MB finais.

Este mesmo hack é muitas vezes encontrado em pendrives falsificados, onde a capacidade real pode ser bem mais baixa que a reportada, graças ao emprego do mesmo hack. Como uma indústria de falsificação tão desenvolvida quanto a que existe na China, um simples controlador modificado é coisa de criança.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Por que não resistimos a uma fofoca?


Desnecessário dizer que fofoca pega mal e que as regras sociais a condenam fortemente – ser chamado de fofoqueiro é uma grande ofensa para qualquer um. Mas vamos ser sinceros: é MUITO difícil não prestar atenção quando uma dessas informações, digamos, clandestinas chega até nós, não? Antes de se sentir culpado, porém, saiba que há uma explicação científica para nossa obsessão pela vida alheia.

Um estudo recente da Universidade de Northeastern, em Boston, descobriu não só que o nosso subconsciente valoriza a fofoca, como nossa mente e nossos olhos prestam atenção particular quando estão em jogo informações negativas. Olha que danadinhos.

O experimento funcionou assim: primeiro, os voluntários viram fotos de algumas pessoas, e receberam uma informação sobre elas. Essa informação podia ser positiva, negativa ou neutra, e o assunto podia ser social ou não. Por exemplo, “ele jogou uma cadeira em seu colega de classe” seria uma declaração social negativa, enquanto que “ela desenhou as cortinas da sala” seria uma informação neutra e não social (não trata de algo que ela tenha feito com outra pessoa).

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Como a inflação criou Hitler






De inflação, o Brasil entende. Mesmo assim é difícil até para a gente imaginar o que aconteceu na Alemanha do começo do século 20. Entre 1914 e 1923, os preços lá subiram 143 trilhões por cento.

Bom, os salários dos alemães também eram trilionários. Mas não adiantava nada. No círculo vicioso da inflação, os preços sempre sobem antes dos salários (numa economia saudável acontece o oposto). Hitler, que tinha 34 anos em 1923 e ainda era só um agitador de rua, discursava contra o absurdo de a Alemanha ter “bilionários miseráveis”. Para o sujeito, a culpa era dos comunistas, dos judeus, dos capitalistas, dos judeus, da frouxidão do governo com os judeus. E dos judeus também.

Suposta imagem de Hitler, em 1914, em meio às comemorações pelo início da Primeira Guerra. 


Mas o problema estava no lugar de sempre: na cabeça de quem imprime aquilo que a gente tem na carteira. No caso, os responsáveis pelo Reichsbank, o Banco Central de lá. A Alemanha tinha entrado na Primeira Guerra Mundial e precisava de mais dinheiro circulando para manter a economia viva, já que todo país em conflito precisa aumentar sua produção. O governo, via Reichsbank, injetou grana na praça, concedendo empréstimos a rodo, a juros baixíssimos, de 5% ao ano. Conseguir o dinheiro não era problema para o Banco Central. Era só ligar as impressoras de papel-moeda e mandar ver.
No começo deu certo. O Reichsbank inundou a economia alemã de dinheiro novo, mas a produção respondeu à altura. Ou seja, o governo imprimia papel-moeda para comprar aço a fim de fabricar armas, por exemplo, e as siderúrgicas alemãs produziram quase tanto aço a mais quanto a quantidade de dinheiro extra que foi impressa. Assim deu para segurar as pontas. O resultado foi uma inflação relativamente baixa ao longo da Primeira Guerra, uma média de 14% ao ano entre 1914 e 1918.
Na prática, os preços dobraram entre o começo e o fim da guerra. Era do jogo. O problema foi depois.
Quando o conflito acabou, com a Alemanha derrotada, a capacidade de produção do país foi parar na UTI. Eles tinham perdido 10% da população, 15% do território e todas as suas colônias na África e na Ásia. A extração de carvão caiu 30%; e a de minério de ferro, 75%. Para piorar, os Aliados exigiram 100 mil toneladas de ouro a título de reparação pelos danos da guerra – uma soma que hoje estaria na casa dos trilhões de dólares. Por mais que eles parcelassem, seria dureza – economistas respeitados da época, como o inglês John Maynard Keynes, achavam o valor completamente impagável, mas a imposição foi feita mesmo assim.